escrito em 1999, publicado n'A Patada em 24 de outubro de 2003
Sob a lua lírica, crescente
mingua a alegria de amar
amaro desejo de tocar
e beijar a ninfa
que a outro pertence.
Antes fosse um outro qualquer
mas é justo;
injusto o coração
de encontro à razão
sofrimento pelo correto
erro do destino
joguete da vida
engano do cupido, esse estúpido:
tira essa venda dos olhos
e prevê os danos que irás causar
à alma de um mero sonhador
corroída escondido.
Ele sorri, tenta disfarçar
Os olhos, porém, se inundam
ao som de melodias-cicatrizes
jamais esquecidas.
Como dói sofrer calado!
Dor menor que se somada
às dores por todos os sós lamentadas.
Que sejas tão feliz
quanto seria eu
em teu lugar
E que a faças imensamente mais feliz
do que poderia eu
com meu esforço maior.
Silêncio, vou dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário